Olha aí, auto-controle. Sempre procurei me esforçar ao máximo pra me controlar. Guardar palavras que eu era doida para dizer, e esconder sentimentos que me sufocam. Procurar entender o que se passa em mim, sempre foram minhas metas, ainda assim, várias vezes não consegui.
Confesso que, de uns tempos pra cá tenho conseguido isso de maneira única, tenho procurado não me irritar, de separar os sentimentos que eu tenho e pensar o melhor a ser feito em cada situação. Desde fazer de boba quando já se sabe a resposta tem tempos até partir pra cima.
Confesso ainda que, andei perdendo meu controle porque eu quis. Porque eu precisava de uma pitada de sal na minha vida, que uma coisa diferente acontecesse, e assim foi, eu a provoquei, aconteceu. Recuperado o controle de novo eu vi que tudo tinha sido uma besteira, mas eis que o auto-controle me devolveu aquilo que eu corria o risco de ter perdido. E pronto, fim daquela história.
Acho que uma das coisas mais dificeis de ter amizade masculina é se manter em ordem com o seu auto-controle até quando a tpm veio acompanhada de uma crise de carência enorme, e seu amigo te abraça de maneira mais forte do que de costume. Eu até ai sempre mantive o meu controle, e se alguma vez passou confundi, como eu disse antes, foi porque eu decidi que assim fosse.
Mas aí, sempre aparece novidades, você vê o seu pensamento voando de mais por lados não explorados antes e a mente grita: volta daí, volta. E voltar te parece impossível. Estou mesentindo meio assim esses dias como se o meu controle tivesse acabado, o esforço de todo esse tempo, a luta contra todas as línguas que falavam diferente na minha cabeça. Acabou o meu controle. E hoje acho que o seu dom é exatamente esse. E agora? Amanhã é nove de maio.
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