Visto a sua blusa. Procuro nela qualquer pista de que em outra hora era o teu corpo que ela aquecia. Desesperada coloco ela até do avesso, quero o seu cheiro, qualquer coisa que diminua a sensação de distância, o esforço é inútil, o cheiro de OMO não deixa mais eu sentir a SUA colônia.
E isso tudo é sintoma de saudade... como pode? Pode rir de mim, falar que te vi hoje, ontem, e te vejo todos os dias. É verdade, e ai de mim se assim não fosse. Mas eu sinto sua falta só de pensar que por algum momento você está longe de mim. Quando eu vou dormir tento imaginar que você está do meu lado. Você não está, você não pode está comigo. Porque nada supera a sensação de quando você está comigo. De quando você está comigo e eu sou dona da sua atenção. Porque eu aprendi a te amar tanto, que eu não sei mais o que fazer com isso, e às vezes te sinto tão longe apesar de perto que as lágrimas jorram.
Eu tento ser uma pessoa mais adulta, mais dona de mim. Mas quando eu penso em você, eu viro uma adolescente que ainda acredita em príncipes.
Pego a sua blusa e abraço, imagino ser você, isso não basta, mas é o que eu tenho.
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