A terra que hoje é de meus pais, está na minha família se não me engano a 4 gerações, isso de alguma forma me coloca um amor por aquele lugar inexplicável. Amor por bens materiais? Não sei se chega a isso. Acho que naquela terra tem o suor do meu povo, a luta, eu não podia ser indiferente a isso.
Como se não bastasse, ainda foi lá que eu passei a maior parte das minhas boas histórias. A minha infância eu lembro de lá. Meus grandes companheiros eram os meus cavalos, o meu amor por eles, saber se a égua x,y ou z pariu e se o potrinho nasceu bem.
Acho que por não está longe do meu aniversário me lembro dos meus aniversários lá, que pra começar tinha a entrada de bambu que meu tio Araquém com o tio Aurino sempre fazia. O bolo, os docinhos, as bandeirinhas, os balões que minhas tias sempre cuidava, meus avós que eram vivos ainda, meus primos, os empregados, os filhos dos empregados. Eu era pequena e adorava muito tudo isso, mas hoje em dia não faço questão. O fato é que hoje acho que naquele lugar as pessoas de alguma forma faziam questão de mim.
Eu não sei mais explicar. Eu só digo de um amor muito forte, daquele que traz saudade, e tudo mais pela terra. É um amor, como outro qualquer, desses que não adianta tentar explicar, que ninguém vai te entender.
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